Meta fundamental por um ambiente renovado e sustentável, a redução de emissão de gases do efeito estufa ou a compensação de carbono é um dos legados que o governador Cláudio Castro vem consolidando em sua gestão. Além dos investimentos em redução do desmatamento, no avanço da cobertura de mata nativa e nos programas de monitoramento das florestas e dos recursos hídricos, a mudança no perfil da administração pública - de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU - colocam o estado do RJ entre os exemplos mundiais de preservação e recuperação ambiental.
– O compromisso do Rio de Janeiro com a sustentabilidade é inegociável. A gente vem batalhando e produzindo bons exemplos para o mundo, mostrando que podemos unir gestão, modernização e responsabilidade ambiental. É possível transformar e avançar de forma sustentável e é assim que o Rio vai continuar crescendo – afirmou o governador Cláudio Castro.
No ano em que o Brasil é sede dos eventos do G20, o grupo das 21 maiores economias do mundo, o Rio de Janeiro vai receber o encontro de cúpula, que reúne os chefes de Estado das nações que integram o bloco. O evento, que vai ocupar o Museu de Arte Moderna, no Aterro do Flamengo, nos próximos dias 18 e 19, é mais uma oportunidade para o Rio aprender e também ensinar.
– Quem estiver participando do encontro poderá testemunhar, inclusive de dentro do museu, uma grande conquista da nossa gestão: a Praia do Flamengo estar própria para o banho após os investimentos feitos a partir da concessão dos serviços de saneamento - completa Castro.
Perto dali, em Ipanema, a Casa G20, Embaixada Cultural implantada na Casa de Cultura Laura Alvim pelo Governo do RJ, foi concebida e implantada como zona livre de emissão de carbono. O centro cultural compensa a emissão de gases na realização de suas atividades por meio de créditos da Enel Trading, uma das maiores comercializadoras de energia do Brasil.
Outras iniciativas
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras Públicas implementa obras que combinam eficiência energética e sustentabilidade. Entre os projetos está o Restaurante do Povo Herbert de Souza, na Central do Brasil, inaugurado em agosto de 2023. Com investimento de R$15 milhões, a obra utilizou técnicas que dispensam o uso de cimento, o que contribuiu para a redução do consumo de água e energia. O projeto recebeu o Selo Verde de Gestão Socioambiental Responsável.
Para o secretário de Infraestrutura e Obras Públicas, Uruan Andrade, as iniciativas refletem as prioridades globais de transição energética e economia verde, que estão em pauta no G20.
– O Estado vem desenvolvendo projetos sustentáveis que o colocam em sintonia com as correntes mundiais. É uma oportunidade para mostrar como esses investimentos podem inspirar boas práticas - afirma Uruan.
Outro exemplo é a construção da usina solar, em Piraí, obra executada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ). Em operação desde julho, a usina gera 960 MWh por ano, resultando em uma economia anual de mais de R$ 4 milhões para os cofres públicos. A energia gerada é suficiente para abastecer a sede do DER-RJ, no Rio; a unidade de Niterói e de Piraí. A escolha do município foi estratégica devido à alta incidência solar.
Reserva de Desenvolvimento Sustentável funciona com energia solar
São placas fotovoltaicas, ligadas a um conjunto de baterias, que permitem a geração de eletricidade a partir da luz do sol. É esse tipo de energia que abastece a sede da reserva do Aventureiro e também a Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul (mesma sede situada na Praia do Aventureiro, lado sul de Ilha Grande).
A economia local se dá apenas com o uso de energia solar nessa parte da ilha. As famílias moradoras da reserva do Aventureiro possuem suas próprias placas solares que abastecem moradias, estabelecimentos e meios de hospedagem. Não existe extensão de rede no Aventureiro.
Já a Estação Ecológica de Guaxindiba, em São Francisco do Itapaboana, opera com biodigestores e água para reuso. Na prática, o espaço reaproveita o esgoto propiciando a geração de biogás (Mistura de Metano e Carbono), usado como fonte de calor, combustível e energia, por exemplo, nas luminárias. O lodo gerado pelo sistema serve como adubo para as plantas e cultivos em geral. Além disso, a água do biodigestor é utilizada para regar o gramado e os jardins.
A mesma técnica é reproduzida por alunos de escolas estaduais que adotaram as iniciativas de desenvolvimento sustentável como linhas de ensino. Além de transformar o espaço onde estudam, a prática permite que as aulas e temas debatidos nas unidades estejam alinhadas aos temas que estão em debate na cúpula do G20. Além de biodigestores, há hortas comunitárias, implantação de painéis solares e sistemas de captação de água da chuva. As ações são executadas em parceria com a UFRJ.
Cuidado com a fauna
Por meio do DER-RJ, a Secretaria também possui outras ações ambientais, como a instalação de 26 zoopassagens nas rodovias RJ-163 e RJ-165, permitindo a travessia segura de animais e prevenindo acidentes nas estradas. O presidente do DER-RJ, Pedro Ramos, destaca que as iniciativas reforçam o compromisso com a sustentabilidade e se conectam a uma abordagem mais ampla de uso responsável dos recursos.
– Projetos como a usina solar e as zoopassagens demonstram nossa dedicação em integrar soluções ambientais às obras de infraestrutura viária. Além de proteger a fauna nas margens das rodovias, estamos garantindo que os investimentos do Estado tragam benefícios ambientais e econômicos duradouros - ressalta Pedro.
Os investimentos da Secretaria em projetos sustentáveis incluem também a instalação de sinalização nos Geoparques Costões e Lagunas, realizada pelo DER-RJ em parceria com a UFRJ. As placas orientam e facilitam o acesso seguro aos pontos de interesse, contribuindo para que os geoparques alcancem o reconhecimento da UNESCO, devido à sua importância na biodiversidade.